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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Perdidos na noite

As nuvens têm estado espessas e o sol não tem brilhado como é habitual. Infelizmente, pensei que com o passar dos dias, o sol voltaria pois estamos em pleno verão. Não. Absolutamente não. Procuro o que fazer, para ocupar o tempo, mas este tempo em que nem chove, nem faz sol, deixa-me inconstante. Faço o que tenho a fazer, sem aquele sorriso com que cheguei em que o sol raiava.

Porquê!

Ando errante pela mesma estrada por onde já andei. O que me vai na alma retirou-me o sorriso espontâneo. Aquela sensação foi tão efémera! Acordo e ando por ai sem vontade de fazer nada. aquilo que me despertava interesse começou-me a passar ao lado como se nada fosse. Apetece-me dormir constantemente e acordar no outro dia sem data nem sitio determinado. "Povo enganado" expressão antiga que me tem vindo à memória.
Deixa-me sem vontade de arriscar na novidade. Uma descrença constante que sei a causa, mas recuso-me a verbalizar. Apetece-me trabalhar mas é por tão pouco tempo que logo a seguir desaparece. O caminho de cada um nunca, em momento algum, é controlado por quem quer que seja. Felizmente, tenho o bom senso de sair friamente das coisas tal como me dentro arrastar para elas. Quando o calor é muito e as asas começam a ficar chamuscadas, afasto-me. Mas este afastar é sempre sem sorrisos. É um mero voltar ao casulo onde as palavras ficam presas numa prisão que eu própria criei. O que mais me incomoda é esta apatia que me impede de voar livremente. É esse voo que eu procuro constantemente e quando o faço é tão breve que logo aparece o medo das alturas. Sei claramente que assim seria, já tinha essa certeza, mas o orgulho de ser ser a dar a última palavra é que me impede de sorrir. se a queda foi grande! Não. Já estava consciente dela, mas o voo era agradável e indiferente ao mundo que nada impediu que as asas ficasses queimadas.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

juventude

Juventude, juventude.
Serei digna de julgar os jovens de hoje!? Independentemente da idade que tenho, sinto-me metade jovem, metade adulta. Os famosos 50% razão e 50% impulsividade/coração que me sempre caracterizou, faz-me pensar um pouco sobre as atitudes e valores de cada um com uma vivência particular que nos difere e nos torna tão diferentes e iguais aos mesmo tempo.
Os erros são cometidos ciclicamente, apesar dos avisos ou conselhos dos mais velhos. Não são bem erros, diria mais comportamentos impulsivos que se consideram válidos naquele momento, encarados externamente como egocêntricos e altruístas, mas para quem os pratica são corretos e lógicos.
Fico perplexa como as pessoas não conseguem ver a má formação de outras que as rodeiam e, esquecem tão, facilmente, a discriminação a que foram votados  antes. Longe de mim de censurar. Eu não sou diferente dos outros, como animal que sou, também o faço, muitas vezes, inconscientemente. Quando olhei para trás, já tinha passado, nada havia a fazer ou dizer.
  

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

sentimento mutuo

vi na net que se queixavam do atendimento e receção dos turistas no Algarve. Bem, hoje não fiz reclamação num estabelecimento da minha localidade por respeito pela minha família, ou sei lá bem por quê!
Além de me ser servido um copo rachado em dois lados, o empregado mandou-me esperar e não disse um simples "por favor" e mais tarde, quando solicitei um cinzeiro para não deitar a cinza e beata no chão, ouvi o bater do mesmo na mesa, o que significa que foi, como que, atirado, sem qualquer respeito pelo cliente. Uns minutos depois chegaram umas jovens à mesa ao que o empregado, jovem, correu a atender com um sorriso rasgado nos lábios.
Não reclamei, nada disse, mas pensei no meu espaço do Algarve que, embora adoptado,  é meu porque o assumi como tal.
Mesmo ao lado, enquanto tudo isto se passava, estava um casal com uma criançinha que teria os seus 10 a 13 anos que além de falar alto com os "pais" ainda se dirigia a eles como se fossem objetos e subditos dele.
Fiquei a ferver, não sei se foi do café, se foi da falta de respeito da criança que, se trata assim os pais, imagino como os tratará em casa, quando as vontades não são/serão feitas e os outros seres humanos, tipo professores, funcionários públicos e por aí fora. Limitei-me a olhar várias vezes para o lado: ora para a criança, ora para a reação dos pais. O meu olhar deve ter sido tão expressivo que a situação se acalmou, porém o rapaz virou-se para a suposta mãe e disse: "falta de respeito!(....)" e atirou-lhe um papel à cara. 
Face a isto tudo, reclamo de quê? do empregado que me serviu como se detestasse o serviço que fazia, ou da criança que ninguém lhe ensinou a respeitar os mais velhos que o sustentam?
Dá que pensar.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Guardador de rebanhos

Estou numa casa de existem gatos. Divirto-me com eles, tal como me preocupo quando lhes dou de comer ou os acaricio.
Entre outras das situações que observei, um deles é o guardador do "rebanho". Sempre que aparece um outro para comer o que lhes pertence ou ocupa o seu espaço, é uma correria constante. A tal ponto que torna-se engraçado ver os restantes em seu auxílio para que a lição seja transmitida de forma assertiva: «Não voltes cá!».
Eu também tenho os meus guardadores, cada um a seu jeito, lá vão desempenhando o seu papel de protetores, afirmando « Carpe Diem », mas sempre de forma muito discreta e cúmplice. 
Tal como os gatos regressam a tentar a sua sorte, também os guardadores  nem sempre são eficazes, porque não o podem ser. É um pouco como de animais se tratasse "a lei da selva, onde há hierarquia, mas ganha sempre o mais forte, e muitas vezes a guerra é até algum ficar magoado ou morrer às garras do outro(s).

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Sentimentos

Passei o dia maldisposta.
Se há coisa que me deixa irritada é sair da minha rotina.
Aparecem para me retirar o meu descanso sagrado e depois deixam a casa desarrumada, com a minha cabeça à roda. Já estou a melhorar, sei que daqui a uns dias tudo voltará ao normal, mas até lá, quem me atura sou eu.
Sempre disse que sou antisocial e sinto-me feliz assim. No entanto, há sempre alguém que me tira do sério e eu, boa pessoa como sou, permito essa invasão. Mas que diabo!

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Hoje

Tudo começa com uma brincadeira. Intencional ou descontraída, sem intenção, desencadeia sempre determinados comportamentos refletidos/irrefletidos ludibriantes que, por momentos acreditamos que algo pode mudar o sentido por onde vamos. Não sei ao certo, procurei contornar caminhos, estradas, rotundas, no entanto foi dar ao de sempre. Eu e o mundo tão distante e opaco, como se de uma névoa se tratasse.
Sei, sinto e digo; só sei que não vou por aí, mas sigo em frente, roçando os cotovelos nas paredes por onde passo por mais que saiba que é estreita a ruela, onde só há lugar para um; eu.
Hoje, dói-me as costas e nem sei onde bati, pois nada fiz para tal, apenas fui a mesma, dancei e sai do casulo como se fosse um óvulo a germinar, contente por renascer das cinzas. Porém estas ainda não estavam bem apagadas e queimaram-me as asas para puder levantar voo a uma altitude razoável. Agora, esperarei para voltar a terra firme e seguir pela estrada mais larga e segura.