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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Egoismo......


Quantas vezes nos esquecemos dos nossos amigos? Quantas vezes andamos tão preocupados connosco mesmos e não reparamos que existem pessoas à nossa volta que não ouvem a vossa voz, nem que seja para dizer Bom Dia!


Hoje, um amigo enviou-me um texto que me fez sentir "mal" exactamente por esquecer-me dos meus amigos....Por isso e só por me ter esquecido de VÓS.....as minhas desculpas....



Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração assim falava a canção que na América ouvi Mas quem cantava chorou, ao ver seu amigo partir Mas quem ficou, no pensamento voou Com seu canto que o outro lembrou e quem voou, no pensamento ficou com a lembrança que o outro cantou. Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito mesmo que o tempo e a distância digam não, mesmo esquecendo a canção o que importa é ouvir a voz que vem do coração Pois seja o que vier, venha o que vier qualquer dia amigo eu volto a te encontrar qualquer dia amigo a gente vai se encontra... Milton Nascimento




domingo, 10 de fevereiro de 2008

Alucinação................

O passado atropela-se, as memórias sucedem-se, um aglomerado de momentos efêmeros que nada esclarecem, apenas surgem sem pedir licença. O mundo emerge tão distante que caminho sobre as nuvens sem o ver e sem deixar ser visto. O anoitecer acolhe-me e relembra-me que o dia nascerá e é preciso agir, tomar uma atitude, que só depende de mim, mas eu continuo adormecido nesta camisa de forças transparente. Procuro perfurá-la, mesmo que seja membro a membro, mas faltam-me as forças. O homem não perdoa, é indiferente às intrinsecas viagens, à necessidade de evasão deste tempo fora do tempo e do próprio espaço.
Algo me sacode, wake-up...wake-up...wake-up.... o sangue percorre-me as veias chegando ao cérebro, o ritmo cardíaco torna-se mais acelerado, procuro retomar o rumo dos meus passos, a lucidez necessária para continuar de cabeça erguida sem fraquejar, sem me deixar ver...
É preciso sobreviver mesmo desconhecendo as razões para tal, é preciso continuar a caminhar mesmo sem saber por onde ir, é preciso mater-me sóbrio, ou aparentemente sóbrio....

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Caminhando....

Um dia, as casas são brancas,
as estradas movimentadas,
o sol brilhante e quente aquece a alma e
o vento rodopia na sua calma.
Um dia, a cidade não tem cor,
o passo é lento e doente,
procurando abrigo em seu redor e
o olhar perde-se no horizonte.
Que indefinição constante
que alteração permanente
que tormenta interior me faz parar
sem mesmo sentir dor.

Memórias


RONDA

Um dia a caminho de Portugal passei por uma povoação que, naquele momento, pareceu-me divinal. Hoje, passados alguns anos, é apenas mais um lugar onde já estive e onde , outrora acreditei que a vida poderia ser diferente....Ficaram as recordações de bons momentos....
......sometimes I think about you......

Macacos


GIBRALTAR
Qualquer semelhança com o homem é pura coincidência....

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Amizade...


Há uns anos atrás, num daqueles momentos que não escolhemos nem programamos conheci 3 dos meus ainda actuais amigos. Eramos quatro (de repente este número fez-me sorrir!) completamente diferentes. Após aquele tempo, sempre necessário para o conhecimento, começou-se uma descoberta pelos espaços que a terra oferecia. Todos tinham as suas histórias passadas, as suas "mágoas" , mas os 4 excelentes pessoas.

Cada um seguiu o seu percurso, também não poderia ser de outra forma! mas guardo-os no meu íntimo, apesar de estar afastada deles por razões profissionais, mantenho o necessário e possível contacto. Gosto deles todos de igual modo, mas o meu relacionamento com cada um é diferente, as conversas são diferentes, a intimidade e a cumplicidade é diferente.....

Com um elemento deste grupo (chamo-lo-ei terra-a-terra) guardo conversas, frases, experências que, nos momentos menos fáceis, me deram e continuam a dar alento e me fazem acreditar que "há sempre um amanhã". Muito prática, inteligente, presente quando é preciso, mas o que mais o caracteriza é que muito íntegra consigo mesma e com os outros....A sua voz meiga e cativante, logo ao primeiro segundo, o seu sorriso é uma constante, irrandiando harmonia por onde passa. Mas como tudo não é homogéneo, quando lhe pisam os calos, é um diabo à solta (entenda-se......uma rosa com espinhos)...mas depois da chuva, costuma vir o sol e como tal, após uma picadela com os seus espinhos, sobressai a beleza da sua cor.....se chegares a ler isto....UM GDE BEIJO MIGA

Um outro elemento, aventureiro por natureza, (chamá-lo-ei pássaro). É, sem dúvida aquela pessoa que ferindo ou não diz o que tem a dizer, chamando à razão quando somos nós a voar. Na sua vida há espaço para tudo, tudo é possível..., mas o paradoxo é a sua principal característica. O que tem de liberal tem de conservador, o que tem exuberante tem de simples, nunca pára muito tempo num só lugar, conhece mil e uma pessoas, sabe ser e estar nos vários espaços, sem nunca se exceder. Com ele qualquer dificuldade, é apenas e somente uma dificuldade, mas de vez enquando lá derrama uma lágrima, muitas das vezes, às escondidas. Com ele compartilho alguns momentos sem entrar na sua privacidade....

O 3º elemento (o inconformista), por detrás daquela determinação, sociabilidade e liberal, existe um ser conservador, telúrico e virado para si mesmo. Não é dado a "lamechices", mas com o passar do tempo, também ele começa a revelar "a sua humanidade..." Não se alonga muito nas suas considerações, tenta não perder tempo com aquilo que atormenta qualquer ser humano, viaja por caminhos torturosos e cinzentos onde, na maioria das vezes, o frio e o vento são uma constante, não por ser negro, mas por mero prazer (diz ele)......

Todos à sua maneira, têm permanecido na minha vida; são aqueles seres que, entre muitos com os quais me cruzo, ficaram e de quem, apesar das adversidades, apesar de alguma censura (necessária entre amigos), não consigo mantê-los à distância. São as minha flores que rego diariamente.


Outros elementos apareceram entretanto... Um em particular, por força do acaso e das circuntâncias, tem estado mais perto de mim. É a energia positiva, é o consenso, é a natureza na sua essência (assim a considero: bela, delicada, agradável, não quente nem fria, é uma donzela das cantigas de amigo).


Já que estou a abordar este assunto tão complexo como é a amizade, não poderei deixar de referir, alguém que depois de algum tempo de "ódio" tornou-se uma pessoa de quem gosto. Descobri que além de simpático e bem humorado, gosto de estar com ele e apesar de a distância não me permitir, procuro não o perder de vista....(bjos pra ti, pensoo que saberás que és tu, se visitares este espaço)

(...)


ACORDAR...

Não sei porquê, mas acordei um pouco perdida, como quase sempre!. Eram 8:30 da manhã, confusa com o tempo, seria tarde para fazer o que tenho a fazer, ou simplesmente é uma reacção do meu corpo quando desperta depois um uma noite de descanso. Tinha tanto para fazer e o tempo era escasso......Após um café e um cigarro, como é habitual, uma visita pelos mails (um vício), um tempo necessário para acordar verdadeiramente (uma necessidade.....olhei para o relógio e reparei que era cedíssimo e afinal de contas, tinha muito tempo para fazer o pouco que há a fazer.
Ouvi uma música que me levou a um espaço longínquo geografica e temporalmente. Aquele espaço, simples mas muito original conquistou-me logo que o vi. Um pequeno sofá de couro, um colchão vermelho que fazia de sofá, uma estante de tijolo suportava um elevado número de vinis e CDs de música, um quadro na parede em tons de vermelho e preto, o chão de soalho pintado a azul forte, umas lindas plantas a um canto faziam companhia à pequena televisão que apenas se ligava nos efêmeros momentos em que estava em casa, uma claridade agradável entrava pelas 3 janelas altas e despidas, onde não só era possível ver o constante cinzento do céu, como outros apartamentos similares. A sala estava sempre quente, a música era o adorno principal acompanhado de meias de leite. As músicas preferidas eram ouvidas vezes e vezes sem conta.....
Sinto saudades desse espaço que me fez mudar a maneira de viver, de ser, de ver o mundo....