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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sinais...

O tempo ensinou-me a deixar as janelas abertas, mesmo que as portas estejam trancadas. O tempo ensinou-me a ler os sinais. Mas...às vezes os sinais são tão controversos que tenho dificuldade em entendê-los. Recomendam-nos seguir o coração. Será que é assim tão fácil seguir o coração, quando a razão nos alerta para os perigos dessas decisões! Passamos tanto tempo a arranjar defesas, a arranjar coragem para seguir em frente, pé ante pé, como se de uma criança se tratasse e de repente a expressão "segue o coração" deita por terra todo o estofo alcançado. Quando tudo parece estar claro, aparece uma conversa que nos faz voltar a trás, ficar indecisos, vacilar. É sabido que não existe livro de receitas para nada; que cada caso é um caso; que o coração e a razão comandam tudo é ...mas qual deles é que comanda mais!!!!!!!!!!! e qual é que devemos seguir!!!!!!!!Esperamos pelo tempo para resolver o assunto, como se tivesse vida, como se o tempo falasse ou resolvesse o que quer que seja.......

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O momento!

Quase todos os dias tenho razões para escrever um post. Quase todos os dias encontro um assunto pertinente para o fazer. Porém raramente o faço. Não sei ao certo porquê! OU porque quando chego a casa, já estou cansada, ou porque tenho outras coisas urgentes para resolver, ou porque, no acto da escrita, nada me ocorre. Adicionado a tudo isto acrescento o desinteresse que sinto, sistematicamente, pelas coisas. Ora as faço compulsivamente ignorando tudo e todos, ora não as faço. Dizer que a minha vida é uma rotina, não será adequado, nem sentimentalmente, nem profissionalmente. Aquilo que me apetece neste momento, nem sempre é o que me apetece ou faço no segundo seguinte. Tempos houve em que isso era uma preocupação. Hoje, vivo as coisas momentaneamente, sem questionar, sem perder muito tempo em pensar porque as adio ou porque as faço, ou não as faço.
O acto de escrita revela sempre algo de nós, bom ou mau. Poderia falar sobre aquilo que me está a dar prazer neste momento, podia falar aquilo que me tem roubado o meu tempo, podia dissertar sobre um determinado assunto, mas não me ocorre nada. Se me apetece escrever! Sim apetece, caso contrário não o estaria a fazer. Que me apetecia voltar a apaixonar perdidamente, sim apetecia. que me apetecia ganhar o euromilhões, amava. Contudo, a ausência de sentimentos definidos, bons ou maus, positivos ou negativos, também não me é indiferente. Sou feliz! Acho que sim. Não tenho vontade de chorar, não tenho vontade de gritar, não tenho vontade de fazer nada especificamente. Logo sou feliz.
De repente, lembrei-me da pertinência deste post. Há já algum tempo que não escrevo nada por estas bandas. Há já algum tempo em que os meus visitantes são tão poucos ou nenhuns que me permite escrever exactamente o que me vai na alma sem aquela preocupação de quem lê ou quem me conhece. Sim, não pretendo que saibam quem sou, mesmo os que me conhecem, devem fazer de conta que sou apenas uma aderente da blogosfera. Sem nome e sem rosto.
Posto isto, pensando no Sermão de Santo António aos Peixes, antes que me vá, apetece-me dizer, ou melhor dizendo, escrecer, que o que sentia ou não, no início deste post, já não é exactamente o mesmo que sinto agora. A indefinição de sentimentos mantém-se, mas a vontade de dissertar aumentou, sobre nada especificamente.
Tenho o dia para mim, tinha projectos, planos para hoje, mas acho que os vou adiar e fazer, apenas, qualquer coisa que seja urgente, claro está, mas sem grandes pressas ou tempos determinados.
Acabei ontem mais uma obra, não para mim, mas para alguém que gostava de ter algo pintado por mim. A noite foi proveitosa. Já não sei, ao certo, se a réplica criada, apenas por mim, é mais bela do que a primeira. Gosto das duas. Ambas têm o seu valor, o seu momento a sua intenção. Segue-se, provavelmente, MichelAngelo, dar-me-á algum trabalho, algum desânimo, mas quero-o para mim e, se há algo que eu posso ter, mesmo dando algum trabalho, porque não o fazer! Não pretendo imitar o clássico, não pretendo ser igual a ele, mas apetece pintá-lo. Ontem, alguém me dizia: «pensava que só pintavas abstracto....desconhecia que fazias estas coisas....» O simples facto de poder ser vários em um, não me desagrada. Quero, ainda, descobrir o que há dentro de mim e desconheço. Quero saber o que serei no amanhã, mesmo que muitas vezes o tema. Como serei quando tiver 80 anos!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Nada de novo

O que trago eu, hoje, aqui?

Nada de novo. Apenas um sorriso a todos os que conheço, a todos com quem me cruzo, a todos os que não vejo muito tempo, a todos dos quais tenho saudades.

A TODOS, UMA SORRIDENTE SEMANA.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

VIDA


Ultimamente sinto-me cansada. Não consigo fazer nada do meu tempo de vida, resumindo-se, apenas, a uma coisa. Já me sinto tão stressada da rotina e tão saturada que não faz sentido o que faço ou tenho de fazer por obrigação. Será que fomos feitos para ser escravos do trabalho? o trabalho não deveria ser um prazer e os seus frutos a remuneração mensal! Daqui a uns anos que recordações terei eu do hoje? um acumular de dias iguais em que a preocupação é dormir porque estou cansada e levantar porque tenho um dia de trabalho pela frente? Este post é apenas para dizer a mim mesma e ao mundo que estou farta de viver pura e simplesmente para o trabalho, privando-me do que existe à minha volta: VIDA.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A vocês.....


Quando olho para trás, ficam apenas as memórias de bons momentos passados, as saudades das pessoas que conheci e com quem convivi, as saudades daqueles seres sensíveis que viviam dentro das suas próprias regras e princípios, as saudades dos espaços isolados mas cheios de vida. São apenas memórias que me recuso a apagar e difíceis de compartilhar com alguém. Nos dias mais sombrios ou mais alegres vêem até mim e, ora me deixam feliz, ora me deixam melancólica. É o meu passado e sem ele não existiria o presente nem o futuro.

A todos os que estiveram lá, tenho saudades vossas.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Ainda não...

Ontem à noite, apeteceu-me pintar, com as poucas cores que tinha em casa e uma pequena tela, lá retomei as pinturas. Como estava condicionada, hoje, levantei-me cedo e decidi ir à Galeria comprar mais tintas e telas. Uma viagem em vão, não só não há muitas cores, como continuo à espera de telas desde Maio passado. Estou possessa. Percorri a cidade vizinha, mas em vão. Não há telas grandes em lado algum e o branco está esgotado.... Odeio quando não posso fazer o que quero no momento que quero....

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Máquinas


Há uns tempos, escrevi qualquer coisa sobre a minha relação com as máquinas, mas os momentos de vergonha vão sendo tão evidentes que imagino o que as pessoas, que não me conhecem, devem pensar. Na semana passada, ia a chegar a casa e não consegui abrir a porta da garagem. Depois de sentir vários olhares intrigados, acabei por optar por deixar o carro ao relento e tratar de mudar a pilha ao comando. Como normalmente, nem me dou ao trabalho de tentar resolver as coisas, encarrego alguém de o fazer, desta vez pensei que poderia resolver o problema e desmontei a minúscula máquina que mais parecia um pc para bebés. Desisti, claro está. Perguntei a algumas pessoas onde poderia comprar a pilha para o desobediente objecto. Num tempinho livre, percorri as ruas da cidade para tentar encontrar um relojoeiro que me disse que não era da pilha, mas falta de contacto. Deveria dirigir-me a técnicos de televisões que de certeza me resolveriam o assunto. Deixei passar mais uns dias, porque a preguiça é uma das minhas virtudes. Entretanto fui tentando, às vezes abria, outras não. Os vizinhos vinham sempre às janelas ver quem parava o carro, saía do carro e se punha a fazer malabarismo de braço esticado. Rapidamente me cansei de tal tarefa diária. Aproveitei a vinda de um amigo a casa, técnico de informática por sinal que desmontou a caixa, foi à garagem e não é que nada fez e aquilo funcionava? Decididamente, fiz a melhor escolha da minha vida em não ir para qualquer profissão que implique máquinas, senão estaria certamente no desemprego.