Ultimamente houve muita gente falar em crise. Os combustíveis aumentaram de uma forma descomunal, a alimentação está mais cara, o custo de vida está mais elevado e que justifica ou não o número de assaltos que se têm registado nos últimos tempos. Pelos menos eu tento ser mais contida nos gastos e ser mais responsável no tipo de vida que faço. Apesar deste panorama global, retratado nos mass media, todos os dias, ontem algo me tirou do sério. Estava eu muito bem na praia a tentar aproveitar o silêncio da tarde quando fui acordada pelos gritos infantis de criançinhas e de um motor. Claro que acabei por levantar a cabeça e ver uma mota de água praticamente em cima da areia, a uns escassos metros da minha pessoa, a exibir alguns movimentos circulares e umas senhoras a tirar retratos. Ainda a dormitar, continuei a olhar e com uma enorme vontade de os mandar fazer barulho para outro sítio. Depois de uns 30 minutos de observação, deparei-me com uma família de emigrantes, falantes do francês, que exibiam uma mota de água (com muitas fotos à mistura) e mais uns "passatempos radicais da actualidade". Claro que eu não poderia dizer nada, a final de contas a praia é de todos; pensei no que aconteceria se telefonasse para a polícia marítima e informasse que andava uma mota a menos de 50 metros da areia, com crianças em seu redor; pensei no direito que teria e tenho de reclamar pela poluíção provocada na água; os pensamentos atropelavam-se, mas o que estava a acontecer era que aquele ruído que mais pareceia uma motoserra a cortar madeira me estava a irritar era uma evidência. A comentar o facto com uma amiga presente, lembrei-me da tão referida, tão lamentada e comentada crise económica que de tantos se queixam. Dei por mim a pesquionar: onde está essa crise? sim, os combustíveis estão muitos caros, mas se calhar ainda não o suficiente para evitar a compra de motas de água e o uso desnecessário e tal objecto. Está bem, não gosto de motas de água, nem do seu barulho e muito menos de ter de nadar em águas onde os seus proprietários desfrutam da sua utilização. Mas..... essas pessoas não venham falar de crise! porque os prazeres mudanos continuam a ser uma constante. O Algarve esteve cheio de turistas portugueses, os Açores de igual modo, sem falar no people que viajou para mais terras distantes! Logo onde anda esta tão apreguada crise económica? Não entendo!....
Tenho dito.
domingo, 24 de agosto de 2008
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Regresso
Depois de uma longa viagem, cá cheguei ao lar doce lar. Já sentia algumas saudades do meu espaço (my house) e claro do sol, do bom tempo, da luz...as minhas plantinhas já estavam tão tristes que se regressasse uns dias mais tarde, apenas encontrava cadáveres. Não sei se foi da falta de luz, do excesso de água ou da ausência dela. Após tratar destes seres vivos, tentei fazer as arrumações de fim de férias, caixas, caixinhas e mais caixas e caixinhas, sacos, saquinhos....uma daquelas coisas que me deixam stressada. Ao ter tanta coisa para arrumar, acabo por saltitar de coisa em coisa, deixando os trabalhos a meio. Como são coisas que levam algum tempo, farto-me de as fazer e logo penso noutras que também exigem a minha atenção. Saltito tanto que neste momento ainda tenho imensa coisa para arrumar e estou aqui a tentar actualizar o meu bloguinho.
Próximo passo será consultar agendas, sites e coisas afins para saber o que se passa pelas redondezas, há sempre programas culturais nesta altura e gosto de me passear pelos vários espaços. Telefonar ao people, marcas encontros, jantares, lanches, praias, uma infinidade de coisas que não sei se terei tempo para tudo. Como me lembrei da urgência de um assunto a tratar, vou dar por terminado o meu post de regresso a casa:)
Um bem haja
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Vivendo a vida...

Enquanto lia "A fórmula de Deus" de José Rodrigues dos Santos, apareceu uma passagem que vai de encontro àquilo que eu sempre digo em relação a muita gente que me rodeia e, sem mais comentários, passo a citar:
«...Para nós, a morte não passa de uma abstracção. No entanto, eu preocupo-me com as minhas aulas e as minhas pesquisas, a tua mãe preocupa-se com a igreja e com as pessoas que vê a sofrerem no noticiário ou na novela, tu preocupas-te com o salário e com a mulher que já não tens e com papiros e estelas e outras relíquias cheias de irrelevâncias. "olhou, pela janela da cozinha, para os clientes de uma esplanda, lá em baixo, na Praça do Comércio. "Sabes, as pessoas passam pela vida como sonâmbulas, preocupam-se com o que não é importante, querem ter dinheiro e notariedade, invejam os outros e esmifram-se por coisas que não valem a pena. Levam vidas sem sentido. Limitam-se a dormir, a comer e a inventar problemas que as mantenham ocupadas. Privilegiam o acessório e esquecem o essencial. (...)»
terça-feira, 22 de julho de 2008
Pois é...


A vida é recheada de surpresas que chegam a ultrapassar os limites do compreensível. Não sei ao certo o que pensar sobre o comportamento humano. Serão momentos de "descompressão", serão momentos de "libertação do eu" ou serão momentos de fragilidade em que as pessoas se revelam exactamente como são, quando passam a vida camufladas ou a camuflarem-se!? Pois não sei, mas que cada vez mais sinto que ando distante das pessoas é uma realidade, sinto necessidade disso, caso contrário tornar-me-ía igual a elas e , isso não me agrada nem um bocadinho. Aquilo de que gostamos ou aquilo que deveria dar-nos prazer, torna-se um tormento que nos massacra durante dias, sem nós termos, realmente, culpa. Não sei ao certo, mas sinto necessidade de me fechar no meu casulo, como outrora o fizera, para que possa aceitar a sociedade como realmente é, quando considerei que haviam seres mais especiais que se destacavam do comum dos mortais. Não. Mero engano. Puro engano. Se considero, por escassos momentos, que há pessoas especiais, em parcos momentos, esse engano de alma cai por terra, dando lugar a um sentimento sombrio e deprimente que me leva a distanciar-me sem palavras, sem comentários, pois no fundo nada tenho a dizer sobre o comportamento humano...........
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Expressões do Mundo...
Nestes últimos dias tenho falado com pessoas de diferentes sítios o que deu muito prazer e me fez viajar no tempo e no espaço. Algumas dessas expressões deliciaram-me não por serem diferentes mas pela pronúncia denunciadora de determinada zona. Essas não poderei respresentar por escrito, contudo outras há que faço questão de as escrever: «tão não!», "tinha outro sainete". Não perguntem de onde vem o vocábulo Sainete, apenas posso dizer que é usada no sentido de "tinha outro jeito", "tinha mais piada".... Quanto à 1ª expressão, marca apenas um determinado grupo, determinadas pessoas, determinados momentos.....Termino este post com uma que já não uso há muito tempo: "si si si si"
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Casa Algarvia
Acabei de pintar o meu último quadro, não que faça o meu género, mas decidi fazê-lo como marca da minha terra de acolhimento. Embora só fosse uma vez por semana, levou-me quase 2 meses a fazê-lo (contando com a semana de correcção de exames....).
Queria fazer qualquer coisa que implicasse aprender alguma coisa, além dos abstratos, que em 3 horas deixo-o praticamente feito. Inicialmente pensei em o oferecer, era apenas para desenvolver a técnica, mas depois de ver o produto final, decidi ficar com ele, porque afinal de contas se escolhi esta imagem é porque era importante ou significativa. Depois de o terminar, conclui que era o meu lado Algarvio e agora está exposto na casa dos quadros.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Felicidade
Nestes dias tenho andado particularmente feliz. Da mesma forma que acordo de mau humor, também acordo bem disposta sem razões para tal, mas a verdade é que ando satisfeita com a vida e tenho-me divertido imenso a meter conversa com toda a gente, conhecida, não conhecida...é uma festa....deve ser calor que ao aquecer a pele, também aquece a alma. A melocoton sorridente! Eu gosto é do verão.....
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