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terça-feira, 22 de abril de 2008

Presa no elevador

Nada melhor do que começar o dia ficando presa no elevador.
Depois de me levantar às 7 da manhã e me preparar para sair de casa às 8, para não chegar atrasada claro está, quando a uns míseros 50 centímetros do andar onde deveria sair, o elevador decide parar e não havia forma de sair dali. Nem sei bem o que senti. 1º pensei: "olha nunca me tinha acontecido..que giro!"; 2º pensei: "e agora?". Toca de tocar em todos os andares para me certificar que a máquina tinha parado mesmo ou era apenas um adormecimento matinal e afinal de contas tudo estava a funcionar lindamente e a distraída era eu.
Depois de concluir que realmente estava presa no elevador, comecei a rir, não sei bem porquê, mas ri que nem uma perdida como se me tivessem contado uma anedota. Telefonei para a minha colega de casa que aliás era a única pessoa acordada naquele momento e disso tinha a certeza, lá lhe contei o que aconteceu. Após esta fase, toca de tentar acordar toda a gente do prédio, tocando persistentemente o alarme. Cheirar a torradas cheirava, mas pessoas nem vê-las. Lá apareceu a minha colega de casa e claro conversavamos nós como poderia eu sair dali, quando lhe disse que a nossa vizinha do 5º andar deveria saber o que fazer porque faz a limpeza semanal no prédio. Eu não vi, mas parece que afinal não é só a filha dela a ter uma deficiência, porque ela também não ouviu a campaínha, mesmo tocando várias vezes.
Entretanto, lá telefonei para o local de trabalho para informar que chegaria atrasada, mas aqueles também ainda não deviam ter acordado porque ninguém atendeu. Bem, telefonei para quase toda agente que trabalha comigo, mas nada. Olhei em redor e vi um número de telefone da Otis, sem saber bem se era regional ou geral, lá telefonei e dei as referências para que me fossem tirar daquele espaço que, com o passar do tempo, tornava-se pequeno. Nestes 20 minutos que se passavam, pensei na importância de ser portadora de MP3, de um livro ou qualquer coisa que ajude a ocupar o tempo e o espçao não desejado.
Nisto, chega a minha colega de casa acompanhada da vizinha do 5º andar, que apareceu, não sei bem como, mas também nem me lembrei de perguntar. Trazia com ela uma faca que, pelos vistos, serviu perfeitamente para abrir a porta e, sorridente, lá saí usando o meio metro que restava da maravilhosa máquina chegar ao fim da sua viagem.
Depois de agradecer à respectiva senhora, deu-me um ataque de riso, tipo estérico, que me acompanhou o resto do caminho até ao trabalho.
Embora seja uma situação que ninguém deseje todos os dias, nunca pensei que me divertisse tanto....

1 comentário:

Anónimo disse...

Em relato póstumo, fquei a saber que a senhora que me tirou do elevador, tinha minutos antes, entrado no prédio, vindo da rua....afinal já tinha madrugado....
quanto à comentadora, obrigada, mas o comentário não chegou aqui, como podes ver...nê!!!!!!!Mas a intenção era boa......sempre podes responder esta adicção.....