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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Máquinas


Há uns tempos, escrevi qualquer coisa sobre a minha relação com as máquinas, mas os momentos de vergonha vão sendo tão evidentes que imagino o que as pessoas, que não me conhecem, devem pensar. Na semana passada, ia a chegar a casa e não consegui abrir a porta da garagem. Depois de sentir vários olhares intrigados, acabei por optar por deixar o carro ao relento e tratar de mudar a pilha ao comando. Como normalmente, nem me dou ao trabalho de tentar resolver as coisas, encarrego alguém de o fazer, desta vez pensei que poderia resolver o problema e desmontei a minúscula máquina que mais parecia um pc para bebés. Desisti, claro está. Perguntei a algumas pessoas onde poderia comprar a pilha para o desobediente objecto. Num tempinho livre, percorri as ruas da cidade para tentar encontrar um relojoeiro que me disse que não era da pilha, mas falta de contacto. Deveria dirigir-me a técnicos de televisões que de certeza me resolveriam o assunto. Deixei passar mais uns dias, porque a preguiça é uma das minhas virtudes. Entretanto fui tentando, às vezes abria, outras não. Os vizinhos vinham sempre às janelas ver quem parava o carro, saía do carro e se punha a fazer malabarismo de braço esticado. Rapidamente me cansei de tal tarefa diária. Aproveitei a vinda de um amigo a casa, técnico de informática por sinal que desmontou a caixa, foi à garagem e não é que nada fez e aquilo funcionava? Decididamente, fiz a melhor escolha da minha vida em não ir para qualquer profissão que implique máquinas, senão estaria certamente no desemprego.

2 comentários:

just me disse...

Também tenho o mesmo problema... e também já me aconteceu, na altura do arranjo, a "coisa" funcionar às mil maravilhas...
Normalmente, para tentar arranjar o dito cujo (a maior parte das vezes, o computador) bato-lhe!... Às coisas mais pequenas, tipo comandos, atiro-lhes ao chão... Mas não sigas o meu exemplo... raramente dá certo e só serve para eu ficar mais enraivecida!
O melhor mesmo é tratar-lhes com mimos e levá-los ao "doutor das máquinas"!... :)
Bjs

Anónimo disse...

Eu adorava ser mais atrevida e mexer nas coisas quando se avariam. às vezes a avaria é tão pequena e de fácil arranjo, mas infelizmente, eu e as máquinas nunca nos apaixonamos e eu nem me sinto atraída em tocar-lhes. Sempre que o meu PC tem algum problema, sou tão chata com "os meus amigos informáticos" que tenho assistência remota para não ter de andar atrás deles. Se bem que me chateio por ser tão desligada destas tão na moda máquinas.
Assim de repente, lembrei-me do caricato da situação em comprar um GPS e pedir uma direcção e ele mandar-me para o lado oposto.....