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domingo, 10 de fevereiro de 2008

Alucinação................

O passado atropela-se, as memórias sucedem-se, um aglomerado de momentos efêmeros que nada esclarecem, apenas surgem sem pedir licença. O mundo emerge tão distante que caminho sobre as nuvens sem o ver e sem deixar ser visto. O anoitecer acolhe-me e relembra-me que o dia nascerá e é preciso agir, tomar uma atitude, que só depende de mim, mas eu continuo adormecido nesta camisa de forças transparente. Procuro perfurá-la, mesmo que seja membro a membro, mas faltam-me as forças. O homem não perdoa, é indiferente às intrinsecas viagens, à necessidade de evasão deste tempo fora do tempo e do próprio espaço.
Algo me sacode, wake-up...wake-up...wake-up.... o sangue percorre-me as veias chegando ao cérebro, o ritmo cardíaco torna-se mais acelerado, procuro retomar o rumo dos meus passos, a lucidez necessária para continuar de cabeça erguida sem fraquejar, sem me deixar ver...
É preciso sobreviver mesmo desconhecendo as razões para tal, é preciso continuar a caminhar mesmo sem saber por onde ir, é preciso mater-me sóbrio, ou aparentemente sóbrio....

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