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quarta-feira, 2 de julho de 2008

FOBIA!




No fim-de-semana, convidei uma amiga para ir à praia. Isto não teria nada de extraordinário se não fosse parar a uma ilha deserta a apanhar OSTRAS. Depois de um passeio de barco, lá saltei para a ria, com a água pela cintura imitando os meus acompanhantes. Tudo estava a ser engraçado até ao momento em que me deparo com o fundo todo verde e objectos não identificados que me paralizaram. Naquele momento, não sabia se ficava parada ou se fugia. A questão era para onde? se estava rodeada de algas e coisas que me provocavam pánico? Para piorar a situação os chinelos (calçado pouco apropriado para esta tarefa, supostamente agradável!!!!) se enterravam no fundo e saiam dos pés, turbando a água. Lá vinha alguém procurar o dito chinelo devolvendo-mo. Como não queria dar parte fraca, senti necessidade de fazer muito do percurso a nado, sem olhar o fundo, evitando pensar que poderia lá estar alguma coisa que justificasse aquele stress.




Não consigo explicar o medo que senti e muito menos o porquê. As pessoas que estavam comigo, movimentavam-se naturalmente sem medo e sem receios. Eu ali estava, omitindo uma vontade de voar e, ao mesmo tempo, furiosa por não conseguir disfrutar do momento.



Sempre senti medo deste tipo de situações, nadar em sitios que não vejo o fundo, mesmo que tenha pé. Quantas vezes, me pergunto se algum momento da minha vida ou vidas passadas (!!!!) passei por alguma situação desagradável! O certo é que não me lembro. Apenas de cair num tanque cheio de água (1,50 metros) quando tinha 11 ou 12 anos, poderá justificar o medo que sinto de mergulhar. Que passei uma infância vendo cobras perto desse tipo de tanques (onde se lavava a roupa e regava as hortas) é uma verdade. Que os filmes em que turabões atacam pessoas me impressionam e evitem que nade, descontraidamente, em alto mar, também é uma evidência. Agora que sinta medo deste tipo de coisas não consigo explicar. O certo é que me vi numa situação que tinha de agir e não valia a pena gritar, apenas tentar sair dali sem grandes "filmes"....






Apesar desta aventura parnóica, adorei a experiência de aprender apanhar ostras e berbigão e compreendo perfeitamente o preço que se paga por este tipo de iguarias.






5 comentários:

just me disse...

Ao ler o teu post, pensei cá para mim... "podia muito bem ter sido eu a escrevê-lo", tirando, claro, a parte de que fui recentemente andar de barco e apanhar ostras...
Refiro-me ao medo (certo pânico) de nadar em sítios onde não se veja o fundo e, principalmente, se me vejo envolvida por algas e pedras e sabe-se lá mais o quê...como te compreendo!
Nessas situações, o melhor mesmo é não olhar para o fundo, encurtar o máximo possível as pernas e nadar dali para fora o mais rápido possível!
Mas, pelos vistos, acabou tudo bem, pois voltaste sã e salva sem sofrer nenhum "ataque"!... Espero que tenhas conseguido "disfarçar" perante os restantes!
Bjs compreensíveis!

Anónimo disse...

P/a JUST ME
Sabes esta experiência foi muito positiva. Primeiro porque não fazia ideia onde e como se apanhava as famosas ostras. segundo porque tive a oportunidade de estar na situação que me provocava pânico e tive de arranjar soluções sem fazer muito alarido nem ser inconveniente. Claro que me saí muito bem, mas pude sentir "um pouco" aquilo que sentem as pessoas em situações semelhantes. Por isso e só po isso adorei a experiência. Se as sensações não fossem tão fortes, não teria sido uma experiência tão enriquecedora:):):):)
Bjs

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ANDARILHO disse...

Achei um piadão a este post. A mim acontece-me exactamente o mesmo. Se conheço o local, não tem problema, se não conheço e calha a vir-me à cabeça que podem haver bichos, fico doido e desato a nadar a uma velocidade doida até me livrar daquilo.
Bjs

Anónimo disse...

P/a Andarilho
HUMMMMM, pensavas que eras só tu com "fobias", isso é que era bom! Deus quando criou o homem criou-o à sua semelhança, logo não poderiamos ser muitos diferentes....LOL
jinhos